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Se informe e salve uma vida; a cada 40s uma pessoa comete suicídio

Foto do escritor: Annie LooksAnnie Looks

Atualizado: 24 de set. de 2020


Suicídio é um assunto sério, fenômeno complexo e também um problema grave de saúde pública, pois pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.




Foto: reprodução/Wix


De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundo uma pessoa comete suicídio no mundo, a cada um suicídio tem sério impacto (psicológico, social, financeiro, etc), pelo menos, em outras seis pessoas.


A cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. No Brasil, a cada 45 minutos uma pessoa tira a própria vida, ou seja, por dia cerca de 32 pessoas cometem suicídio no país. Além disso, é a segunda causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos.


Contudo, segundo o Ministério da Saúde (MS), o suicídio pode ser prevenido! O ideal é reconhecer os sinais de alerta em si ou em alguém próximo. Saiba os fatores de risco de acordo com a cartilha do Conselho Federal de Medicina e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios:

• Tentativa anterior de suicídio;

• Manifestação de sofrimento psíquico: depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros;

• Uso abusivo de substâncias psicoativas;

• Histórico de violência: traumas, abuso físico, abuso sexual, negligência e abandono;

• Dificuldade em lidar com perdas: mortes, desilusão amorosa, separação conjugal, perda de emprego, prejuízos financeiros;

• Acesso a meios letais;

• Fatores de personalidade: baixa tolerância à frustração,

impulsividade, rigidez, comportamentos agressivos;

• Doenças crônicas e terminais;

• Acontecimentos destrutivos e violentos (tais como

guerra ou desastres catastróficos).


Alertas para a formação da ideia suicida

  • Automutilação e/ou práticas autodestrutivas

  • Mudanças marcantes no comportamento ou nos hábitos

  • Isolamento social

  • Interesse por sites e/ou redes sociais sobre suicídio

  • Na adolescência: comportamentos típicos dessa fase, como agressividade, irritabilidade e impulsividade podem camuflar um quadro depressivo

  • Em idosos: diminuição ou ausência de cuidados com o corpo, isolamento social e doenças crônicas


Fonte: Suicídio Enigma e Estigma social (cartilha)


O QUE NÃO DIZER OU FAZER

A conversa pode obter melhores resultados se for feita em um lugar tranquilo, sem pressa, respeitando o tempo da pessoa para se abrir. Caso a pessoa se sinta à vontade para compartilhar o sofrimento, não é indicado:


1.Rechaçar (“Credo, isso é pecado!”);

2. Esboçar expressões de choque (“Não acredito que você tá pensando nisso!”)

3. Não reprima, caso o choro venha (“Pra que chorar? Você sempre teve tudo do bom e do melhor!”).

4. Julgar/Criticar: “Isso é fraqueza!” ,“Isso é loucura”.

5. Minimizar o sofrimento: “Você quer se matar por isso? Já passei por coisas bem piores e

não fiz essa besteira”.

6. Emitir opiniões: “Isso é falta de Deus”, “... falta de vergonha”, “... falta do que fazer”, “... é para chamar atenção”.

7. Dar lições de moral: “Olhe a sua volta! Tanta gente com problemas realmente sérios. Você

tem tudo. Bola prá frente!”

8. Dar injeções de ânimo: “Reaja, tire isso da cabeça”, “pensamento positivo”, “a vida é bela”.


Fonte: Centro de Valorização da Vida. (CVV) e Suicídio Enigma e Estigma social (cartilha)



Foto:reprodução/wix

Veja alguns mitos e verdades


1. Quem quer se matar não avisa. Quem ameaça, não se mata

Quem vai se matar, geralmente, avisa. Se não faz diretamente, dizendo “eu vou me matar”, preste atenção, porque ela pode estar expressando de forma indireta, como por exemplo: “Minha vida não vale nada”, “Por que Deus não me dá um câncer?.”


A ideação suicida pode ser identificada nas entrelinhas da fala. É preciso escutar, ler, estar atento a esses sinais, para ajudar essa pessoa o quanto antes. Entretanto, é importante salientar, que existem casos em que a pessoa não dá sinais. Isso geralmente ocorre, quando ela já está com tudo preparado para acabar com a própria vida.


2. Suicídio é falta de deus, falta de vergonha ou falta do que fazer

Não. Suicídio é uma das maneiras de lidar com o sofrimento. E por fazer parte da natureza humana, ninguém está livre de um desfecho dessa ordem, independente de religião, fé, instrução, gênero ou classe social.


Fontes: Fontes: Setembro Amarelo, Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (Neps) e Suicídio Enigma e Estigma social (cartilha).


 

Tabu

O estigma, particularmente em torno de transtornos mentais e suicídio, faz com que muitas pessoas que estão pensando em tirar suas próprias vidas ou que já tentaram suicídio não procurem ajuda e, por isso, não recebam o auxílio que necessitam.


A prevenção não tem sido tratada de forma adequada devido à falta de consciência do suicídio como um grave problema de saúde pública. Em diversas sociedades, o tema é um tabu e, por isso, não é discutido abertamente.

Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Isolamento

Um estudo feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que casos de depressão aumentaram em 50% durante a quarentena, e quadros de ansiedade e estresse, em 80%.


 


Depressão, bullying e desinformação

A psicóloga Jaqueline Zardo explica que existem vários motivos que levam a pessoa a se suicidar. “Pode ser uma depressão, problemas conjugais e ou emocionais. No caso de crianças e adolescentes, podem sofrer bullying, a falta de comunicação com os pais, não ter amigos ou com quem conversar e contar os seus momentos difíceis”, expõe.


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é um transtorno mental que acomete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Essa doença não tem cara, idade ou profissão.


Dados revelados em 2018 pela OMS mostraram que o transtorno mental é a principal causa de incapacidade de realização das tarefas do dia a dia entre jovens de 10 a 19 anos. Aqui no Brasil estima-se que 1 a 3% da população entre 0 e 17 anos tenha algum quadro depressivo.


Quem sofre com esse tipo transtorno pode vir a ter problemas em todas as áreas da vida, seja no trabalho, na escola ou no meio familiar. Segundo a OPAS/OMS, muitas pessoas com depressão, também, sofrem com sintomas, como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite, podem ter sentimentos de culpa ou baixa auto-estima, falta de concentração e até mesmo aqueles que são clinicamente inexplicáveis.


Apesar de muitas pessoas achar raro, os casos de depressão em crianças e adolescentes aumentam a cada dia. “Infelizmente, o alto índice de suicídio, principalmente, em crianças e adolescentes se deve à falta de informação”, diz a psicologa.

“Além de acharem que a criança muitas vezes faz chantagem para chamar atenção, sendo que na verdade, elas estão sofrendo com depressão, bullying ou outras questões que não são levadas a sério pelos pais”, observa ela.


Segundo a Jaqueline Zardo, há outros motivos que levam uma criança ou um adolescente a se suicidar são entrar na internet e participar de games mortais que são propostos por adultos, como boneca Momo, Homem Pateta, Baleia Azul, entre outros.


“Esses jogos que estimulam as crianças a cometerem atos de violência contra si mesmos aliados à uma chantagem e uma pressão psicológica muito forte.” Ela diz com relação ao suicídio em adultos, muitos se devem a cobranças em ambiente de trabalho, questões familiares e de relacionamento, depressão, estresse e outras questões.


“Lembre-se, amigo não é psicólogo. Namorado não é psicólogo. O psicólogo é um profissional da área da saúde mental em que estudou cinco anos técnicas para te ajudar a sair daquela situação.”

Às vezes, os amigos dão conselhos pensando em ajudar, porém, podem acabar prejudicando. “Por isso sempre é bom procurar uma ajuda profissional no momento tão complicado quanto pensamentos suicidas.”

 

Onde buscar ajuda para prevenir o suicídio?

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).

  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais

  • Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita)

Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OMS).


 

Problema de saúde pública


Mesmo com campanhas sobre o Setembro Amarelo e procura por voluntários, os sistemas gratuitos de ajuda e independente, como ONGs ou associações civis sem fins lucrativos, filantrópicas, reconhecidas como de Utilidade Pública Federal,podem demorar mais que deveriam, infelizmente, muitos têm altas demandas, como Centro de Valorização a Vida (CVV).


A procura por ajuda pode levar horas ou até minutos, isso pode ser frustrante para as pessoas que recorrem a esse auxílio. Veja alguns comentários feitos no Instagram:



Foto: reprodução/Instagram

Foto: reprodução/Instagram

A resposta:

Foto: reprodução/Instagram

Contatei a CVV para mais informações, mas não houve resposta até a publicação da matéria. Contudo há um comunicado no site:


COMUNICAÇÃO PÚBLICA SOBRE A SITUAÇÃO DO CVV DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

CVV faz adaptações e mantém serviço disponível durante a pandemia do Covid-19


Em decorrência da pandemia do Covid-19, o CVV, como toda a sociedade, está sofrendo algumas limitações na oferta de seus serviços. Seguindo as recomendações das autoridades sanitárias, há redução de voluntários nos postos de atendimento, a fim de garantir um ambiente mais seguro e saudável. Ainda, suspendemos temporariamente os atendimentos pessoais e ações na comunidade. Ao mesmo tempo, o isolamento social e suas consequências nas relações e emoções podem acarretar uma maior procura no serviço.


Nesse período, igualmente, nossos cursos presenciais para formação de voluntários foram suspensos, o que dificulta o reforço de novos colaboradores. Por isso, nossas equipes estão trabalhando, com sucesso, em soluções para que continuemos oferecendo apoio emocional ao maior número de pessoas. Estamos investindo em soluções tecnológicas que já permitem que vários voluntários atendam remotamente, com total sigilo e segurança.


Paralelamente, vemos o momento como uma oportunidade da sociedade se tornar mais solidária e oferecer ajuda aos seus familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. O CVV está disponível 24 horas por dia, mas, se você se encontra em condições de ajudar, se disponibilize para conversar sem criticar, ofereça carinho, atenção e acolhimento. Aumente a rede de apoio disponível na sociedade que pode ser constituída por profissionais da saúde, entidades especializadas e os cidadãos individualmente.


Podemos sair fortalecidos dessa crise sem precedentes, mas é preciso iniciativa para mudar nossos comportamentos e oferecer apoio emocional pode ser um deles.


A fim de auxiliar a todos durante o período de isolamento, o Ministério da Saúde tem publicado, em seu site e redes sociais, informações oficiais sobre a pandemia (https://coronavirus.saude.gov.br/). Além disso, na seção “Saúde Brasil” (https://saudebrasil.saude.gov.br/) mantém orientações sobre ações e hábitos que ajudam na manutenção da boa saúde física e emocional.


 

Saiba mais


Universidade Anhanguera de Brasília


A instituição fará uma palestra nesta sexta-feira (18/9) para compartilhar conhecimento e conscientizar a população sobre Setembro Amarelo (mês de prevenção ao suicídio). A ação é 100% gratuita e on-line.


Foto: reprodução/UnB

Universidade de Brasilia (UnB)

A universidade oferta apoio psicológico à comunidade universitária durante a pandemia. Além disso, a Instituição fará uma programação sobre Saúde Mental na Semana Universitária.



Quarta-Feira (23/09) | Dia do Bem-Estar e Saúde Mental

10h | Universidade para a sociedade em tempos de Pandemia

Reitora da UFSB - Professora Joana Guimarães Professor da UnB e epidemiologista Jonas Brant Reitor da UFABC - Dácio Roberto Matheus Mediação: Profa. Iracilda Pimentel OFICINAS Modalidade: transmissões ao vivo


9h | Automassagem:

Um momento de pausa e autocuidado através da pulsação da respiração e da coluna ereta Plataforma: Transmissão ao vivo via StreamYard (Canal Extensão UnB, YouTube) Coordenação: Dr. Marcos Freire


10h e 17h | Oficina “Tai Chi Chuan”

Descrição: Como a meditação em movimento proporciona atenção plena e ajuda transformar nossos estados mentais. Plataforma: Transmissão ao vivo via StreamYard (Canal Extensão UnB, YouTube) Coordenação: Prof. Tobias Velho


10h e às 14h | Oficina “Escrita criativa curativa em tempos de pandemia”

Descrição: Trabalharemos com práticas de textos e diálogos teóricos em torno de identidades textuais e construção da autoria em textos escritos não acadêmicos. Os encontros baseiam-se na escrita dos participantes, produzida a partir de estímulos de vários tipos. Essa oficina é parte do Repositório COVID-19- UnB desde abril de 2020.


Plataforma: Transmissão ao vivo via StreamYard (Canal Extensão UnB, YouTube) Participação: Juliana Dias, Edilan Kelma Nascimento, Roseane Cristiane dos Reis, Sila Marisa de Oliveira, Caroline Maria Vilhena de Souza, Lorena Eufrasio Cardoso; Coordenação: Profa. Juliana de Freitas Dias (IL/UnB)


10h | Oficina de Metodologias Lúdicas na Promoção da Identidade Negra Descrição: A oficina de Metodologias Lúdicas no Fortalecimento na Promoção de Identidades Negras pretende oferecer recursos metodológicos lúdicos para a atuação de uma educação antirracista. Plataforma: Transmissão ao vivo via StreamYard (Canal Extensão UnB, YouTube)


15h | Estratégias de promoção à Saúde Mental e autocuidado em tempos de pandemia Descrição: No contexto de pandemia e todas as inseguranças que o período tem causado, especialmente aos grupos minoritários, é importante compartilhar estratégias que possam promover autocuidado e saúde mental.


Assim, nossa conversa pretende promover a interação das organizadoras e dos participantes, compartilhando e refletindo sobre práticas que nos ajudam no enfrentamento do período com saúde e tranquilidade.


Plataforma: Transmissão ao vivo via StreamYard (Canal Extensão UnB, YouTube) Mediação e organização: Roda das Minas Jéssica Giuliana Guedes Rocha Carolina Menezes Lima Isabela Nascimento Ewerton Mariana Conceição da Silva Letícia Alves Braga Adriana Varella Barca Leal Convidada: Psicóloga Roberta M. Frederico- CRP- 05/37.813


16h | Conversa “Bem-estar e benefício mútuo relacionados à prática não profissional do judô”


Descrição: Será apresentada uma breve história sobre o judô e seu criador Jigoro Kano, sendo seguido pelos benefícios da prática desportiva do judô e o bem-estar físico e mental relacionados. Ao final será apresentado tópicos sobre meditação e seus benefícios seguido de um exercício prático. Plataforma: Transmissão ao vivo via StreamYard (Canal Extensão UnB, YouTube) Participação e coordenação: Discente: Davi Faustino (VET/UnB)



 



Foto: reprodução/Instagram

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