Especialistas nas áreas de gestão e consultoria afirmam que a melhor roupa depende do código de vestimenta de cada empresa
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Se candidatar a uma vaga de emprego ou estágio nem sempre é tão fácil, você deve passar por aquela etapa que a maioria das pessoas ficam extremamente nervosas: a famosa entrevista. Além de pensar como ‘venderá o seu peixe’ para o contratante, muitas vezes pode pensar o que vestir no dia. Aí, que pode bater um certo desespero, não é mesmo? Vá com calma, não entre em pânico.
Dependendo da cultura da empresa, quando você for tentar a oportunidade, é necessário estar ciente de que o entrevistador pode ser influenciado e elaborar pré-julgamentos sobre a roupa que está vestindo. Lembre-se nada de exageros, você não vai pular carnaval aqui!
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Contudo, ser você mesmo é a melhor solução. É o que acredita Sergio Piza, diretor de gente e gestão, comunicação e TI da Klabin (produtora de papel). “Roupas curtas, cavadas, coladas não são adequadas. Porém, o ideal é ser autêntico. Mas precisa saber que as chances de conseguir a vaga com essas vestimentas são menores, pois o vestuário pode influenciar a escolha do entrevistador”, diz.
Ele recomenda que você se vista de acordo com a imagem que deseja projetar de si mesmo. É hora de tirar um tempinho para pensar nisso! Reflita: como quer ser visto pela empresa e pelos colegas de trabalho? “Você fará parte dessa organização e é bom trabalhar em um ambiente em que hoje possamos agir com naturalidade”, afirma o graduado em administração com MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Luiza Carolina Luz Ferreira, 24 anos, graduada em enfermagem pelo Centro Universitário (Iesb) acha importante estar bem vestida seja qual for o lugar. “Eleva a autoestima e a confiança. Creio o que causa maior impacto é a primeira impressão, seja ela boa ou ruim. Então é válido estar arrumada, mas preciso me sentir bem com o que estou usando”, conta.
A jovem faz pós-graduação em unidade de terapia intensiva na LS Educacional, não trabalha atualmente, mas está a procura de um emprego.
Mesmo assim, ela observa que o mercado de trabalho e as pessoas ainda têm uma exigência com o look que eu e você estamos usando agora. “Há certos lugares que você não pode entrar de qualquer forma e até é proibido. Já em relação à beleza, por exemplo, tem dias que eu sairia sem maquiagem e me sentiria bonita. Porém, não quanto maquiada”, analisa.
Há certas roupas que usamos para trabalhar ou para situações importantes, como camisa de botão, coletes, entre outros que podem ser utilizadas em outros momentos. A moradora do Riacho Fundo II, Luiza, percebe isso e abusa dos blazers e coletes. “São peças bem versáteis, posso usá-las em situações formais e importantes, apresentações, entrevista de emprego e afins. Ou até mesmo para ousar no look, colocar com um jeans ou short e ficar super descolada.”
Para Rose Cordeiro, consultoria de moda pela Prime Cursos, não importa qual lugar você for as pessoas te olharão e analisarão. “Pois, 55% de toda a comunicação não-verbal é transmitida pela roupa que veste, pela postura, gestos e expressões faciais”, diz. “Então essa primeira impressão é a mais importante ou talvez até definitiva. Cuidar da sua imagem, assim como o tom da voz e a forma como você trata o outro é fundamental.”
Como lidar com dress code
Nem todo mundo reage bem ao código de vestimenta (Dress Code) de uma empresa. E, se você acha que não há diferenças nos estilos de roupas está totalmente enganado (a). Existem corporações que exigem um determinado vestuário, por exemplo, um banco, agencia de advocacia os funcionários usariam peças mais formais, como ternos, vestidos de tecidos mais encorpados, entre outras formas.
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Já em outros ambientes até jeans aceitariam. Rose Cordeiro, Consultoria de Moda pela Prime Cursos, explica que cada tipo de emprego precisa de trajes adequados. “Levando em consideração a existência de vários tipos de trabalho, uns mais informais e outros muito formais, existem ainda aqueles em que têm uniformes e esses são obrigação do empregador fornecer ao empregado”, observa ela.
“Nos outros locais, deve existir antes de mais nada, o bom senso de cada funcionário para o tipo de roupa que deve usar”, afirma Rose.
“Por exemplo, espera-se que um advogado use calça social e terno, no mínimo, pois alguns já não usam mais a gravata. Você não contrataria um advogado que usasse calça jeans, camisa de malha e tênis não é? Então é muito importante estar atento ao código de vestimenta da empresa onde trabalha."
“Poucas vezes você terá a chance de desfazer uma má impressão que deixou. Cuide da imagem sempre”, Rose Cordeiro
Passar boa imagem
Muitas pessoas se preocupam com a própria aparência e também chegam levar muito a sério de outras. Jamili Abrahão, 20 anos, estudante do 4º semestre de direito acredita que a vestimenta é uma assinatura. “Estar bem vestida mostra que você é uma pessoa organizada e realmente liga para a imagem pessoal. Além de passar confiança e credibilidade aos outros”, conta.
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A jovem está dando maior prioridade a faculdade, mas sente que ainda existe muita discriminação sobre o assunto. “As pessoas têm muito preconceito em relação à aparência. Por exemplo, esses dias eu estava tomando um café e uma moça muito maneira entrou (cabelo colorido e tattoos bem legais).
Ela entregou o currículo dela no local e quando saiu de lá, a mulher a qual ela entregou o documento, amassou-o e jogou no lixo. E eles tinham uma placa de ‘precisa-se de atendente”, relata, preocupada.
Elias Nogueira, 24 anos, é uma das pessoas que acredita que o entrevistador vai observar a aparência dele. "Acredito que vá pelo perfil da empresa também, porém por minhas experiências, a vestimenta sempre foi algo relevante", conta. "Eu acho que é algo a ser avaliado, pois existem ambiente que exigem o cumprimento de certas normas e regras para roupas", analisa.
“Me sinto linda de todos os jeitos, mas seria mentira se eu dissesse que sempre foi assim. Comecei a me sentir linda com ou sem maquiagem quando me livrei de relações tóxicas (um garoto, ‘amigas’, alguns familiares...); é sempre bom fazer um detox de liberdade em nós mesmos. Depois que nos libertarmos de padrões, a vida fica bem mais leve e bonita”, diz Jamili.
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O jovem trabalha na área de sistemas de informação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Formou-se no curso pela Faculdade Projeção há cerca de 5 anos. Ele descreve como iria para uma entrevista de emprego. Ele já imagina o look na cabeça ou já corre para internet para ver inspirações de roupas.
"Dependerá muito do local e também do cargo o qual estaria me candidatando. No mercado atual, existem diferentes tipos de organizações, algumas bem sérias e outras formais. Mas quando a empresa é mais “jovem e despojada” uma roupa mais leve e comum seria perfeita!", afirma Elias. No caso dele, a empresa disponibiliza o uniforme e ele traz sempre uma blusa extra na mochila.
Ótima matéria, adorei a versatilidade que dá pra fazer com vários looks.
Sempre defenderei a boa aparência para a criação de imagem pessoal e profissional. É tão importante criarmos nossa própria marca e não precisa ser só de coisas caras e exorbitantes; às vezes, o básico é moda!
Parabéns pela matéria, sucesso!
Gostei da matéria, abre um leque de várias possibilidades.
Assim não iremos perder a oportunidade de uma nova vida, um novo emprego.